A influência da religiosidade na aceitação do evolucionismo: um estudo em uma amostra da população brasileira

  • Heslley Machado Silva Centro Universitário de Formiga-MG (UNIFOR-MG); Universidade de Itaúna-MG e Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
  • Paloma Rodrigues da Silva Universidade Estadual Paulista (UNESP)
  • Ana Carolina Lopes Souza Centro Universitário de Formiga-MG (UNIFOR-MG)
  • Elaine Sandra Nicolini Nabuco de Araújo Universidade Estadual Paulista
DOI: https://doi.org/10.24862/cco.v8i1.164

Resumo

Em 2009, foi publicado um relatório de uma pesquisa inglesa, intitulada Rescuing Darwin, desenvolvida pelos institutos Theos e Faraday, dedicados à investigação da convivência entre ciência e religião. O relatório trata de como a população do Reino Unido percebe a questão da evolução biológica. Embora, o questionário utilizado na referida pesquisa tenha diversas questões controversas, utilizou-se uma tradução deste para o português, com o propósito de comparar os resultados obtidos em ambos. Este estudo é um recorte da investigação realizada no Brasil e discute os resultados referentes à questão “O evolucionismo ateísta, que defende que a evolução torna desnecessário e absurdo acreditar em Deus, é...”, com dados sobre a religião e a escolaridade dos indivíduos entrevistados. Observou-se que os brasileiros tendem a considerar falsa a afirmação supracitada, numa porcentagem maior que os ingleses. Esse resultado ressalta a relevância que a religião tem para os brasileiros e a influência desta na percepção dos entrevistados sobre evolução biológica. Constatou-se que a rejeição ao evolucionismo ateísta não está relacionada ao grau de escolaridade dos respondentes, uma vez que foram observados resultados similares entre os grupos com diferentes níveis de formação. Mesmo considerando-se notória controvérsia contida na questão analisadas, estes dados suscitam importantes questionamentos relacionados ao ensino de evolução. Esta pesquisa é apoiada pela FAPEMIG.

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Biografia do Autor

Heslley Machado Silva, Centro Universitário de Formiga-MG (UNIFOR-MG); Universidade de Itaúna-MG e Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
Doutorando em educação na Universidade Federal de Minas Gerais, programa Latino-americano e linha de pesquisa Educação e Ciência, possui mestrado em Educação pela Universidade Federal de Minas Gerais (2000), com especialização em Biotecnologia pela Universidade Federal de Lavras e especialização em Biologia Celular e Molecular pela Universidade Federal de Ouro Preto. Atualmente é professor titular da Universidade de Itaúna/MG e professor adjunto II do Centro Universitário de Formiga/MG. Tem experiência na área de Biologia Geral, com ênfase em Embriologia, Genética, Evolução, Zoologia e coordenação de cursos de Ciências Biológicas. Atua também como pesquisador do UNIFOR/MG e Universidade de Itaúna/MG, nas áreas de saúde (tipos de parto), educação e evolução.
Paloma Rodrigues da Silva, Universidade Estadual Paulista (UNESP)
Doutoranda do Programa de Pós-Graduação em Educação para a Ciência na Universidade Estadual Paulista Julio de Mesquita Filho. Tem experiência na área de Ensino de Ciências e Ensino de Bioética. Atualmente desenvolve projetos na área de Natureza da Ciência, Bioética e Valores no Ensino de Biologia. É bolsista da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo.
Ana Carolina Lopes Souza, Centro Universitário de Formiga-MG (UNIFOR-MG)

Graduanda em Ciências Biológicas pelo Centro Universitário de Formiga-MG. Pesquisadora e Bolsista pela FAPEMIG.

Elaine Sandra Nicolini Nabuco de Araújo, Universidade Estadual Paulista
Possui graduação em Ciências Biológicas pela USP (1990), mestrado em Agronomia (Genética e Melhoramento de Plantas) pela UNESP (1995) e doutorado em Ciências Biológicas (Genética) pela UNESP(2000). Foi professora dos Ensinos Fundamental e Médio das redes pública e particular (2000 a 2005). Foi bolsista Prodoc Capes (2005-2009) e professora do Programa de Pós-graduação em Educação para a Ciência da Unesp. Atualmente, desenvolve atividades de pesquisa , ensino e extensão junto ao Centro de Divulgação e Memória da Ciência e Tecnologia (CDMCT) da Unesp, atuando nas áreas de Divulgação Científica, Ensino de Ciências em espaços não formais e História e Filosofia da Biologia
Publicado
2013-07-03
Edição
v. 8 n. 1 (2013)
Seção
Artigos Originais